É provável que você se lembre disso: houve uma época em que a otimização dos mecanismos de pesquisa envolviam essencialmente a pesquisa de palavras-chave. Nesta época, a semântica era um conceito praticamente desconhecido no marketing dos buscadores.
O processo era simples: você pesquisava as palavras-chave mais relevantes sobre determinado assunto, criava uma página utilizando estes termos e pronto! Eis a receita para ficar bem posicionado no Google!
Mas, os tempos mudaram. E os mecanismos de busca, também.
A pesquisa de palavras-chave continua importante, é claro. Afinal, ela ainda tem o seu papel e nunca deve ser ignorada nas estratégias de SEO.
Mas, elas têm pouco valor quando utilizadas isoladamente. Hoje, é mais importante do que nunca entender o significado por trás das palavras, a linguagem utilizada para se comunicar com o usuário.
Entra em cena a busca semântica.
A expressão pode lhe parecer um pouco complexa. Mas depois de ler este artigo, este assunto ficará bem esclarecido para você. Vamos analisar o seguinte:
Segundo uma definição da Towards Data Science, “semântica é um ramo da linguística que estuda os significados das palavras, seu uso simbólico, incluindo também seus múltiplos significados”.
Ou seja, o objetivo da semântica é entender o significado contextual. Para isso, como mencionado na definição acima, são analisados não apenas palavras isoladas, mas também os conceitos e significados por trás delas.
No campo da internet, a semântica procura entender a intenção do usuário em suas buscas.
Mas, antigamente, isto não acontecia. Os mecanismos de busca, como o Google, simplesmente procuravam correspondências literais das palavras, sem tentar entender o significado.
Portanto, a “conversa” entre os usuários e os buscadores era mais fria. Não havia “diálogo”.
Mas a busca semântica, aliada ao processamento de linguagem natural, mudou esse cenário. Com isso, a conversação adquiriu novas formas. A semântica passou a ajudar os buscadores a entender a intenção por trás dsas palavras.
Assim, vamos analisar um exemplo simples para entender bem este ponto?
Pense no uso da palavra “quem”. Ela subentende que você deseja informações sobre uma pessoa.
Por exemplo: ao digitar “quem é linus”, os resultados no Google apresentam informações sobre “pessoas”, como Linus Torvalds e Linus Pauling.
Agora, em vez de usar “quem”, vamos utilizar “o que”.
Note que os resultados agora são bem diferentes: eles falam sobre o sistema operacional Linux.
Mas perceba algo bem interessante: nós escrevemos “linus” e não “Linux”. Então, por que o Google trouxe resultados sobre Linux?
A resposta é simples: por causa do uso de “o que”. Com o uso de “o que é”, o Google entendeu que nossa intenção não era obter informações sobre uma pessoa, mas sim sobre alguma coisa, como um sistema operacional. Por isso, os resultados apresentaram o Linux.
O mesmo vale para a capacidade dos mecanismos de busca darem respostas para perguntas, dispensando a necessidade do usuário acessar algum site nos resultados.
Por exemplo: ao perguntarmos quem venceu a copa de 2006, a resposta já aparece em destaque no Google:
Assim, o que você acabou de ver é a busca semântica na prática – o Google e outros mecanismos interpretando sua intenção de busca.
Agora que entendemos o que está envolvido nas buscas semânticas, surge a pergunta que não quer calar: o que preciso fazer para adaptar meu site para esta nova realidade?
Aqui vão algumas dicas valiosas para você começar a aplicar desde já.
Antigamente, era comum sites criarem uma página para cada variação de uma palavra-chave.
Por exemplo: uma rede de hotéis criava uma página chamada “Dicas de Viagem”. Depois criava outra página chamada “Dicas Para Viajar”. Cada uma destas páginas era escrita visando atrair pessoas que digitavam cada um destes termos.
Mas, como vimos, a busca semântica interpreta intenções. E convenhamos: quem digita “dicas de viagem” está com a mesma intenção de busca de quem digita “dicas para viajar”, certo?
Assim, não faz o menor sentido criar duas páginas para termos tão similares se a intenção é a mesma. Portanto, crie apenas uma página e, se necessário, utilize variações das palavras-chave dentro deste mesmo texto.
Como mencionado acima, você não precisa criar uma página para cada palavra-chave se elas estiverem fortemente relacionadas, sendo apenas sinônimos.
O ideal é que você crie páginas sobre temas ou tópicos.
Desta forma, você criará páginas com conteúdos mais completos que abranjam vários aspectos do mesmo assunto.
E isto é muito importante. Afinal, esta prática oferece uma boa experiência de navegação para o usuário que encontrará tudo (ou praticamente tudo) o que procura em apenas uma página.
Como já vimos, muitas pesquisas são feitas como se os usuários estivessem em uma conversação, com perguntas e respostas. Por isso, crie conteúdo como se estivesse conversando com os visitantes.
Responda às dúvidas das pessoas que estão visitando seu site. Resista à tentação de transformar cada página em um canal de vendas. Portanto, entregue para as pessoas aquilo que elas estão procurando: respostas.
Ao mesmo tempo, escreva de forma simples. Costumamos utilizar a linguagem natural em nossas conversas diárias. Portanto, leve isso para seu site.
Dica valiosa: leia seu texto em voz alta. Isto vai ajudá-lo a perceber se ele soa natural ou não.
A busca semântica é uma via de mão dupla. Ou seja, o Google e outros mecanismos de busca precisam entender não apenas a intenção do usuário, mas também o conteúdo das suas páginas.
Afinal, se o Google não entender o que você está apresentando, ele não vai posicionar seu site em destaque nas buscas.
É aí que entra a aplicação de técnicas de SEO. Elas visam instruir o Google quanto ao que suas páginas oferecem.
E aqui entra o dever de casa que todo site precisa seguir, se deseja ficar bem posicionado no Google.
E isto envolve dar atenção às palavras-chave. Como já mencionamos, elas continuam sendo muito importantes. Por isso, faça uma pesquisa de palavras-chave. Entenda o que e como seus clientes estão pesquisando. Crie páginas que façam bom uso destes termos. Isto inclui utilizar as palavras-chave não apenas no corpo do artigo, mas também no título, nos subtítulos, nas descrições, nas imagens, etc.
Além disso, outro aspecto que você precisa estar atento envolve os backlinks. Quando você cria uma rede de links de forma hierárquica, você ajuda o Google entender não apenas a página em si, mas também a relação dela com outros conteúdos.
E não se esqueça de utilizar os dados estruturados. Afinal, o próprio Google define-os como pistas claras sobre o significado da página. E diz mais: “Os dados estruturados são um formato padronizado para fornecer informações sobre uma página e classificar o conteúdo dela.
Por exemplo: em uma página de receitas, quais são os ingredientes, o tempo e a temperatura de cozimento, as calorias e assim por diante.”
Assim, diante do que foi dito até aqui, o que você precisa ter em mente?
Os mecanismos de busca, como o Google, estão integrando cada vez mais a busca semântica e linguagem natural.
Por isso, cabe a você acompanhar o ritmo desta corrida. Assim, crie conteúdos que respondam às perguntas dos visitantes, utilize linguagem natural, faça bom uso de palavras-chave e sinônimos. Além disso, estruture o conteúdo de forma lógica – ou seja, quando o usuário bater o olho no seu conteúdo, já saberá do que se trata.
Portanto, esta é a receita para você aproveitar a busca semântica para melhorar seu SEO.
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